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Web 3: A Nova Internet

Web 3

A Web está evoluindo para sua terceira versão, isto porque a forma de consumir e desenvolver conteúdos vem sendo cada vez mais descentralizada nos últimos anos, o que resulta na necessidade de uma evolução na forma como vivenciamos a experiência digital. Mas, para entender melhor a Web 3, é preciso voltar um pouco e entender o que foi a Web 1.0 e a Web 2.0.

Web 1.0 – O início

A Web 1.0 nada mais que a internet como ela surgiu e se popularizou, com sites de conteúdo estático e pouca interatividade dos visitantes. Com um pouco mais de evolução, a internet começou a caminhar e tomar forma diante das necessidades das pessoas, até que chegou a era dos e-mail e dos mecanismos de busca, praticamente todo site tinha uma seção de links recomendados, essa fase durou aproximadamente de 1991 a 2004.

Quem é dessa época vai se lembrar dos principais serviços disponíveis, como: Yahoo! (1994), Alta Vista e Cadê? (1995), BOL (1996) e claro, nosso querido Google (1996).

Web 2.0 – A era social

O termo Web 2.0 foi criado pelo especialista no setor Tim O’Reilly em 2004, considerada a de web participativa, foi a revolução dos blogs e chats, das mídias sociais colaborativas, das redes sociais e do conteúdo produzido pelos próprios usuários.

Os sites criados já não são estáticos e possuem um layout claramente focado no consumidor e também na usabilidade dos buscadores. Conceitos de criação e otimização de sites são altamente essenciais a partir daqui, pois nesse momento, a internet já se popularizou em todo o mundo, e começou a se tornar obrigatória para qualquer case ter sucesso no mercado.

Por meio de ferramentas como YouTube, Messenger, Orkut, Facebook, Wikipédia e diversas outras redes sociais, todos passaram a ter voz e essa voz passou a ser escutada. Nesse momento a navegação mobile e uso de aplicativos já tem forte presença no dia-a-dia das pessoas.

Web 3 – A descentralização

O termo Web 3 foi criado pelo jornalista John Markoff, do New York Times, baseado na evolução do termo Web 2.0.

Hoje em dia temos toda informação disponível na internet de forma organizada para que não somente os humanos possam entender, mas principalmente as máquinas, assim elas podem nos ajudar respondendo pesquisas e perguntas com uma solução mais concreta, cada vez mais próxima da inteligência artificial. É um uso ainda mais inteligente do conhecimento e conteúdo já disponibilizado online, com sites e aplicações mais inteligentes, experiência personalizada e publicidade baseada nas pesquisas e no comportamento de cada individuo.

Alguns pensam que a Web 3 será focada em celulares e smartphones, mas isso não é verdade. O conceito de Web 3 é muito mais amplo que isso e vai de encontro ao mercado de criptomoedas, pois através deste formato podemos pensar em Metaverso, Blockchain Games e Social Media dentro do universo de blockchain, que dentre seus conceitos, possui o take rate onde todo o valor gerado pelos usuários destas plataformas, sejam consumidores de conteúdo ou criadores, pode e deve ser muito mais bem remunerado através de soluções descentralizadas.

Além disso, na Web 2.0, você não tem controle sobre seus dados e muito menos sabe como eles são armazenados. As empresas simplesmente rastreiam e salvam suas informações sem nenhum consentimento, e todos esses dados são de propriedade e controlados por essas empresas, isso já rendem bons processos para o Facebook, por exemplo.

Agora, imagine se amanhã o Uber, o iFood ou o Amazon resolvem desligar os servidores que mantém suas aplicações online, quanto isso afetaria a experiência do usuário ou a renda de um trabalhador?

Como essas aplicações são controladas por instituições centralizadas, a liberdade de expressão também está em risco. Os governos podem desligar servidores ou confiscar contas bancárias, se acreditarem que uma pessoa está expressando uma opinião que vai contra ao seu interesse próprio. Com servidores centralizados, é muito fácil para os governos intervirem, controlarem ou até encerrarem aplicações como acharem melhor.

A Web 3 visa resolver muitas dessas deficiências repensando fundamentalmente como arquitetamos e interagimos com as aplicações desde o início.

Embora a Web 2.0 esteja muito viva e crescendo, estamos vendo grandes avanços na Web 3. Embora seja difícil de acreditar, a Web 3, é realmente uma mudança de paradigma fundamental, e eventualmente deixará tudo que foi criado até agora para trás. É um salto para redes abertas, trustless e permissionless.

Aqui estão 2 comparações simples e práticas entre Web 2.0 e Web 3:

Como na Web 3, a rede é descentralizada, nenhuma autoridade a controla, e os aplicativos descentralizados (dapps) construídos sobre a rede são abertos, então nenhuma parte pode controlar os dados ou limitar o acesso. Qualquer pessoa é capaz de construir e se conectar com diferentes dapps sem permissão de uma empresa centralizada. O site State of the DApps te permite navegar por milhares de aplicativos que foram construídos de acordo com os princípios da Web 3.

Na Web 3, a identidade também funciona de forma muito diferente do que estamos acostumados hoje. Na maioria das vezes, as identidades serão vinculadas ao endereço da carteira do usuário que interage com o aplicativo; os endereços de carteira são completamente anônimos, a menos que o usuário decida vincular sua própria identidade a ele publicamente.

E o que a Web 3 significa para o mundo?

A Web 1.0 e a Web 2.0 permitiram a formação de negócios verdadeiramente globais, reduzindo radicalmente a latência e o custo com que as pessoas podiam negociar informações por meio de um conjunto de terceiros confiáveis. Com a Web 3, pessoas, empresas e máquinas poderão trocar informações com outras partes, sem intermediários, nos permitindo interagir com qualquer indivíduo no mundo, sem ter que fornecer nossos dados pessoais. Essa mudança permitirá uma nova onda de modelos de negócios anteriormente inimagináveis, como as DAO (organizações autônomas descentralizadas).

As sociedades se tornarão mais eficientes removendo intermediários que buscam apenas a renda, e devolvendo esse valor diretamente aos usuários. As pessoas compartilharão mais dados com mais garantias de privacidade e segurança. A Web 3 acabará com monopólios de plataformas como Google e Facebook, dando origem à inovação de baixo para cima e a uma nova economia digital global.

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